Em 1990, Juventus e Coritiba reinauguraram o João Marcatto

Aproximadamente 3 mil torcedores lotaram as dependências juventinas, sendo que 2.400 destes pagaram ingressos entre Cr$ 50 (geral) e Cr$ 150 (arquibancada coberta), proporcionando uma renda de Cr$ 215,150,00.
20156056 1889188018072329 4832657608071896672 n
Henrique Porto (Arquivo Pessoal)

Por Henrique Porto

Fechando as festividades de reinauguração do Estádio João Marcatto, o Grêmio Esportivo Juventus recebeu o Coritiba Foot-Ball Club para um amistoso. Treinados por Paulo César Carpegiani e preparados fisicamente por Gilberto Pazzeto, conhecido no mundo do futebol por Gilberto Tim, os paranaenses cobraram um cachê de Cr$ 80 mil para abrilhantar a festa tricolor. De quebra, descolaram um passeio seguido por café da tarde no Parque Malwee e uma janta na sede social do clube.

Antes do aguardado prélio, descerramento da placa comemorativa e homenagens para Durval Marcatto, Loreno Marcatto, Virgílio Chiodini, Renato Pradi (in memorian), Durval Vasel e Ivo Konell, então prefeito municipal. A bola rolou a partir das 21h na noite daquela quarta-feira, dia 11 de abril de 1990, com arbitragem de José Patrício Mattos, auxiliado por Simão Benício Marcelino e Tibério Emílio Stui. O pontapé inicial foi dado pelo empresário Wander Weege, da Malwee Malhas, que patrocinava a equipe repassando mensalmente 3 mil BTNs.

Aproximadamente 3 mil torcedores lotaram as dependências juventinas, sendo que 2.400 destes pagaram ingressos entre Cr$ 50 (geral) e Cr$ 150 (arquibancada coberta), proporcionando uma renda de Cr$ 215,150,00. Parte do valor cobriu os custos do amistoso e outra parte foi usada para sanar as despesas decorrentes da disputa do Campeonato Catarinense da Segunda Divisão.

Dito Cola alinhou sua equipe no esquema 4-3-3, com Gerson; Márcio, Maurício, Ferrão e Simonal; Romerito, Ado e Toto; Rossetti, Petróleo e Luizinho (Paulino). Carpegiani também apostou no 4-3-3, escalando Fosatti; Polaco (Márcio), Vica, João Pedro (Berg) e Paulo César; Osvaldo (André), Cuca (Flávio) e Serginho (Ricardo); Ronaldo (Alcindo), Moreno e Pacheco.

Os visitantes pularam na frente aos 37’ da etapa inicial, quando Ronaldo cobrou um escanteio, Gerson afastou parcialmente e Paulo César fuzilou de primeira, no canto, inapelável. No intervalo, Dito Cola sacou Luizinho para a entrada de Paulino, deixando o Juventus mais ofensivo. Porém, aos 5’ veio o castigo. Uma indecisão da zaga colocou Pacheco e Gerson no ‘mano a mano’. Ao tentar fazer a defesa, o arqueiro do ‘Time do Padre’ derrubou o atacante coxa-branca. Penalidade máxima convertida por Moreno e 2 a 0 no marcador.

O Juventus ainda encontrou forças para descontar aos 26’. Em boa trama no ataque, Márcio e Maurício triangularam, com o zagueiro fazendo o ‘overlaping’ e ficando em condições de finalizar forte entre a trave e o goleiro, no canto esquerdo de Jorge Fossati (hoje treinador de futebol), que nada conseguiu fazer. Placar final: Juventus 1x2 Coritiba.

Em pé na foto do arquivo pessoal de Rogerio Lauro Tomazelli vemos Maurício (zagueiro), Ferrão (zagueiro), Petróleo (atacante), Simonal (lateral esquerdo), Toto (então como meia) e Gerson (goleiro). Agachados estão Rossetti (ponta direita), Márcio (lateral direito), Ado (volante), Romerito (meia) e Luizinho (ponta esquerda). A mascote é William Wischral, filho do ex-jogador Adolar Wischral, o Eta.

publicado 6 anos